O Japão foi classificado como o terceiro pior país desenvolvido para mulheres no mercado de trabalho pelo segundo ano consecutivo, segundo pesquisa publicada pela revista britânica The Economist, divulgada no Dia Internacional da Mulher.
O ranking avalia a participação e influência feminina no mercado de trabalho em 29 dos 38 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Japão ficou em 27º lugar, à frente apenas da Coreia do Sul e da Turquia.
Na outra ponta da lista, os países nórdicos lideram com políticas mais igualitárias: Suécia ficou em primeiro, seguida por Islândia, Finlândia e Noruega. A Nova Zelândia foi o país que mais subiu no ranking, conquistando a quinta posição ao lado de França e Portugal. Estados Unidos (19º), Reino Unido (14º) e Itália (16º) também foram destacados.
Baixa participação feminina e disparidade salarial preocupam
Apesar de avanços na educação, a participação feminina no mercado de trabalho japonês continua baixa, dificultando o crescimento profissional das mulheres e ampliando a desigualdade salarial. Segundo o levantamento, os salários das mulheres são, em média, 11,4% menores que os dos homens, com o Japão e a Austrália registrando algumas das maiores disparidades.
A presença feminina em cargos de liderança tem avançado globalmente, com mulheres ocupando 33% das cadeiras em conselhos administrativos, contra 21% em 2016. No Japão, porém, a presença feminina em posições de poder ainda é limitada.
Na política, a representação de mulheres nos parlamentos dos países analisados alcançou uma média de 34%. No Japão, apenas 16% dos legisladores são mulheres, apesar de ser um recorde histórico para o país.
Políticas de licença-paternidade não são aproveitadas
O estudo apontou que Japão e Coreia do Sul possuem as políticas mais generosas de licença-paternidade entre os países da OCDE. No entanto, poucos homens fazem uso desse benefício, o que reflete desafios culturais e institucionais na divisão das responsabilidades familiares.
Fonte: Kyodo News