O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, prometeu neste sábado (26) garantir aumentos salariais que acompanhem o alto custo de vida. A declaração foi feita durante o evento do Dia do Trabalho, organizado pela Confederação Sindical Japonesa (Rengo), em Tóquio.
Esta foi a primeira participação de Ishiba no evento desde que assumiu o cargo no outono passado. Ele afirmou que o governo “vai garantir aumentos de salários que resistam à alta dos preços”.
É o terceiro ano seguido que um primeiro-ministro japonês participa do evento da Rengo. Em 2023, Fumio Kishida foi o primeiro chefe de governo a comparecer em nove anos.
Nos últimos meses, o partido governista, o Partido Liberal Democrata (PLD), liderado por Ishiba, tem se aproximado da Rengo. No início deste mês, houve a primeira reunião em 16 anos entre o primeiro-ministro e a presidente da confederação, Tomoko Yoshino. Em março, Yoshino também participou de uma convenção do PLD, algo que não acontecia havia 20 anos.
Ishiba destacou que os aumentos salariais acertados nas negociações trabalhistas deste ano superam os do ano passado. Ele afirmou que o objetivo agora é “levar esse movimento para pequenas empresas, regiões fora dos grandes centros e empregos temporários”.
O primeiro-ministro também comentou sobre as tarifas dos Estados Unidos sobre produtos japoneses, dizendo que “podem ter grande impacto na indústria nacional”. Ele garantiu que o Japão será firme nas negociações para proteger os trabalhadores.
Durante o evento, Tomoko Yoshino reforçou que o aumento de salários é uma forma de reconhecer o valor e a dignidade dos trabalhadores.
Segundo a organização do evento, cerca de 29.200 pessoas participaram da comemoração, incluindo a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, e o ministro do Trabalho, Takamaro Fukuoka.
Ao final, os participantes aprovaram uma declaração defendendo a ampliação dos aumentos salariais para empresas menores e locais sem sindicatos. Também foi aprovada uma resolução especial lembrando os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, ressaltando a importância de manter viva a memória da paz para as próximas gerações.
Fonte: Nippon