Morreu nesta quarta-feira (30), aos 116 anos, a freira gaúcha Inah Canabarro Lucas, reconhecida como a pessoa mais velha do mundo. Ela faleceu de causas naturais na residência da Congregação das Irmãs Teresianas, onde vivia, em Porto Alegre (RS). Inah completaria 117 anos em 8 de junho.
Natural de São Francisco de Assis, no interior do Rio Grande do Sul, Inah teve uma infância de saúde frágil, mas iniciou a vida religiosa ainda jovem, entre os 16 e 18 anos. Aos 20, quando vivia no Uruguai, foi ordenada freira. De volta ao Brasil, atuou como professora de matemática, português e latim em escolas do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.
A morte foi confirmada pela congregação religiosa e por familiares. Ao jornal Zero Hora, um sobrinho contou que o corpo da freira “foi parando aos poucos, sem nenhuma doença”. A causa da morte foi natural. Não foram divulgadas informações sobre o velório e sepultamento até o momento.
Inah foi reconhecida oficialmente como a pessoa mais velha do mundo em janeiro de 2025, após o falecimento da japonesa Tomiko Itooka, que também tinha 116 anos. Antes dela, o título pertencia à espanhola María Branyas Morera, morta em agosto de 2024, e à francesa Lucile Randon, que morreu aos 118 anos em 2023. O reconhecimento foi feito por entidades internacionais que acompanham supercentenários, como o Grupo de Pesquisa Gerontológica (GRG) e a LongeviQuest.
Apesar da idade avançada, Inah manteve a lucidez até o fim da vida. Torcedora do Internacional, ela gostava de futebol, pintura e churrasco. Amigos contaram à RBS TV, no início do ano, que o segredo da sua longevidade era manter a mente ativa. Em 2018, quando completou 110 anos, recebeu uma carta de felicitações assinada pelo papa Francisco.
Com a morte de Inah, o título de pessoa mais velha do mundo passa para a britânica Ethel Caterham, de 115 anos e 252 dias, residente em Surrey, no Reino Unido.
Fonte: Correio Braziliense