Casos de piolhos voltaram a ser registrados entre crianças no Japão, principalmente em escolas de Sapporo.
Os piolhos são pequenos insetos que vivem no couro cabeludo e causam coceira intensa. Uma fêmea pode colocar até oito ovos por dia. Em poucos dias, os ovos eclodem e a infestação se espalha rapidamente de uma criança para outra.
Moradores relatam que o problema não é novo. “Quando meu filho estava na creche, quase toda a turma pegou. Os meninos cortaram o cabelo bem curto. Nas meninas usamos xampu próprio, já que não dava pra cortar”, disse uma mãe de Muroran.
Mesmo com a ideia de que piolhos são coisa do passado, os casos continuam ocorrendo. Segundo especialistas, qualquer criança pode pegar piolho, mesmo com boa higiene. O contágio acontece principalmente pelo contato direto ou pelo uso compartilhado de objetos como pentes, bonés, toalhas e travesseiros.
Durante a pandemia, os casos caíram a zero por causa do distanciamento. Mas em 2024, com a volta das atividades presenciais e brincadeiras em grupo, os piolhos voltaram a circular. Só em Sapporo, em alguns anos da última década, foram mais de 160 registros.
Em escolas onde houve surtos neste ano, alunos foram orientados a não compartilhar chapéus nem encostar objetos pessoais uns nos outros.
O médico Kanbayashi, da Clínica Miyanomori, lembra que crianças pequenas nem sempre lavam bem o cabelo. Ele orienta os pais a ficarem atentos: piolhos costumam deixar pontos brancos presos perto da raiz do cabelo, principalmente na nuca e atrás das orelhas. Diferente da caspa, esses pontinhos não saem ao escovar.
O tratamento é simples e inclui o uso de xampu próprio e pente fino para remover os ovos. Em alguns casos, cortar o cabelo pode ajudar. Também é importante lavar roupas de cama e objetos com água quente.
Segundo especialistas, o mais importante é agir logo e com calma. A infestação costuma ser resolvida em poucos dias com os cuidados certos.
Fonte: News on Japan
