A partir de 1º de julho, a polícia do Japão permitirá oficialmente que intérpretes participem de interrogatórios com estrangeiros por telefone. A mudança ocorre diante do aumento de crimes envolvendo pessoas de outras nacionalidades e da dificuldade em encontrar intérpretes disponíveis em tempo real, especialmente para idiomas menos falados.
Dados da Agência Nacional de Polícia mostram que, em 2024, foram registradas 21.794 infrações penais cometidas por estrangeiros no país. Destas, 12.170 resultaram em prisões.
Atualmente, cerca de 4.200 policiais e funcionários treinados em idiomas estrangeiros, além de aproximadamente 9.600 intérpretes do setor privado, participam presencialmente dos interrogatórios e assinam os registros de confissão. No entanto, a presença física nem sempre é possível, especialmente em locais mais afastados ou em situações emergenciais.
Com a nova regra, intérpretes que moram longe poderão colaborar remotamente. Caso não consigam se deslocar até o local do interrogatório, eles poderão usar uma delegacia próxima para realizar a tradução por telefone com a delegacia onde ocorre o interrogatório.
Segundo a polícia, a prioridade continuará sendo a interpretação presencial sempre que viável. Mas, com essa mudança, espera-se maior agilidade nos atendimentos e mais precisão nas comunicações com estrangeiros suspeitos de crimes.
Fonte: NHK