O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (17) que o Japão está sendo um parceiro “duro” nas negociações sobre tarifas comerciais. A declaração foi dada durante o voo de volta para Washington, após Trump deixar antecipadamente a cúpula do G7, no Canadá, para lidar com a situação no Oriente Médio.
Apesar do tom crítico, Trump disse que “há uma chance” de acordo com o Japão, mas deixou claro que, se isso não acontecer, os EUA podem simplesmente impor as tarifas. “É isso que vocês vão pagar, senão não precisam fazer negócios conosco”, disse o presidente.
Trump se reuniu com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, à margem do G7, mas os dois não chegaram a um consenso. O principal impasse segue sendo as tarifas adicionais que os EUA querem aplicar às importações de automóveis japoneses.
Além do Japão, Trump também criticou a União Europeia, dizendo que ainda não recebeu uma proposta justa de acordo comercial. Segundo ele, a UE “vai fazer um bom acordo ou pagar o que dissermos”.
Enquanto Trump retornava aos EUA, sua equipe econômica continuou no Canadá para dar andamento às negociações. Entre os representantes estão o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o representante comercial Jamieson Greer e o diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett.
Trump também voltou a ameaçar aplicar tarifas sobre produtos farmacêuticos importados, alegando que isso faria com que fabricantes transferissem parte da produção de volta para os Estados Unidos.
No G7, Trump chegou a anunciar um acordo com o Reino Unido, que envolve tarifas sobre automóveis britânicos e elimina taxas sobre o setor aeroespacial. No entanto, a questão do aço e do alumínio segue sem solução.
A expectativa é que o prazo final para fechar acordos seja 9 de julho, quando termina a pausa de 90 dias nas tarifas impostas pelos EUA. Segundo analistas, Trump usa esse prazo como forma de pressionar os parceiros comerciais.
Fonte: CNN