A Agência para Crianças e Famílias do Japão anunciou planos para implementar um aumento nas contribuições fiscais destinadas ao financiamento do apoio ao cuidado infantil, começando no ano fiscal de 2026. Segundo a agência, os contribuintes passarão a pagar, em média, 800 ienes a mais por mês, com variações conforme a renda.
Esta medida visa arrecadar fundos adicionais para ampliar os benefícios de cuidados infantis, incluindo o aumento dos subsídios para o ensino superior. Os detalhes divulgados mostram uma escala de contribuição baseada na renda anual dos contribuintes: aqueles que ganham 2 milhões de ienes por ano contribuirão com 350 ienes adicionais por mês; para rendas de 4 milhões de ienes, a contribuição extra será de 650 ienes; quem ganha 6 milhões, pagará mais 1.000 ienes; para 8 milhões de ienes de renda, o valor será de 1.350 ienes; e para quem ganha 10 milhões de ienes, a contribuição adicional será de 1.650 ienes por mês no ano fiscal de 2028.
O governo espera iniciar a cobrança com um valor reduzido em 2026, necessitando de 600 bilhões de ienes, com um aumento progressivo até atingir a meta de arrecadação de 1 trilhão de ienes em 2028.
As estimativas apresentadas pela ministra de estado responsável pelas políticas infantis, Ayuko Kato, baseiam-se nos salários brutos de 2021 e têm como objetivo orientar as discussões parlamentares sobre o plano. Kato ressalta a dificuldade em fornecer números exatos devido às variações salariais futuras, mas afirma que a estimativa busca atender ao pedido do parlamento para facilitar as deliberações.
Esse aumento gerou debates, especialmente após declarações iniciais do primeiro-ministro Fumio Kishida, que havia estimado uma média de contribuição mensal de cerca de 500 ienes. A revisão para 800 ienes provocou críticas por parte de políticos de oposição, como o legislador Kazunori Yamanoi do Partido Democrático Constitucional do Japão, que expressou preocupação com o crescente descontentamento e desconfiança entre o público.
Fonte: Japan News