O número de casas desocupadas no Japão atingiu um novo recorde em 2023, chegando a 9 milhões, um aumento significativo em comparação com os dados de 2018, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicações. Este aumento é impulsionado principalmente pelo envelhecimento da população e o consequente falecimento de idosos que moravam sozinhos.
Em 1º de outubro de 2023, 13,8% de todas as residências japonesas estavam desocupadas, indicando que uma em cada sete casas no país não tem moradores. Isso não apenas estabelece um recorde indesejado, mas também destaca um problema crescente nas políticas habitacionais do país.
Este cenário pressiona tanto o governo central quanto as administrações locais a buscar soluções para a demolição ou reutilização dessas casas. A preocupação é que, sem ação, o aumento das residências vazias possa levar ao risco de desmoronamentos, afetando a segurança pública nas comunidades.
A tarefa de desmantelar essas residências tem sido lenta, muitas vezes complicada pela dificuldade em identificar e localizar os proprietários legais dos imóveis.
Comparativamente, em 1973, o Japão contava com apenas 1,72 milhões de casas desocupadas, representando 5,5% do total. Esse número mais que duplicou nos últimos 30 anos.
Do total de 9 milhões de casas desocupadas atualmente, 4,43 milhões estão disponíveis para locação, 330 mil estão à venda e 380 mil são utilizadas como residências secundárias, como casas de férias. O status de aproximadamente 3,85 milhões de casas permanece incerto, mostrando um aumento de 370 mil casas desde a última pesquisa.
Apesar do aumento de 2,61 milhões no número total de residências no Japão, que agora soma 65,02 milhões, e do crescimento no número de domicílios de pessoas solteiras, a alta taxa de desocupação indica que muitas das residências disponíveis não estão sendo efetivamente utilizadas.
O levantamento habitacional e fundiário do Japão é realizado a cada cinco anos desde 1948.
Fonte: Mainichi
