O Tribunal Distrital de Kumamoto emitiu uma sentença favorável a uma mulher que sofreu uma cirurgia desnecessária devido a um diagnóstico errado de câncer de estômago. A situação, que ocorreu em um hospital local em outubro de 2015, resultou na remoção completa do estômago da paciente, que mais tarde descobriu que não tinha câncer.
A vítima, cujo nome não foi divulgado, foi submetida a uma gastrectomia total após ser diagnosticada erroneamente com câncer de estômago. Após a cirurgia, a paciente desenvolveu esofagite de refluxo, uma condição dolorosa que deteriorou significativamente sua qualidade de vida. Investigação subsequente revelou que a paciente, na verdade, não sofria da doença que motivou a intervenção cirúrgica.
Durante o julgamento, foi destacado que não havia evidências suficientes para um diagnóstico definitivo de câncer de estômago, o que caracteriza uma falha no dever de cuidado por parte do médico responsável. Apesar dos argumentos da defesa, que contestou a acusação de erro diagnóstico, o juiz Hideki Shinagawa determinou que o médico havia falhado em sua obrigação de cuidado e ordenou o pagamento de uma indenização de 12,5 milhões de ienes.
A paciente também tentou responsabilizar a associação médica local e a corporação que administra o hospital pela falha no exame anatomopatológico. No entanto, essas alegações foram rejeitadas pelo tribunal.
A defesa do médico já anunciou planos para apelar da decisão, expressando descontentamento com o veredito do tribunal.
Fonte: Liverdoor