Em meio aos debates sobre a revisão do salário mínimo no Japão para 2024, a Confederação Nacional de Sindicatos (Zenroren) solicitou ao Ministério do Trabalho que o salário mínimo seja uniformemente aumentado para 1.500 ienes por hora. O pedido foi feito em 20 de junho e busca aliviar o impacto dos preços crescentes dos bens, especialmente dos alimentos.
Atualmente, o salário mínimo no Japão é fixado por lei e revisado anualmente. A média nacional dos salários por hora foi elevada para 1.004 ienes em 2023, com Tóquio registrando 1.113 ienes. As reuniões do Conselho Central do Salário Mínimo sobre a revisão deste ano começam no final de junho.
Koichi Kurosawa, secretário-geral da Zenroren, destacou a dificuldade de viver com os salários atuais e a desigualdade entre regiões. “Embora o custo de vida seja praticamente o mesmo em cada região, a diferença nos salários mínimos entre Tóquio e a província de Iwate é de até 220 ienes (cerca de US$ 1,40). Se o salário mais baixo for menor, não for uniformizado, a saída de mão-de-obra das zonas rurais continuará e essas regiões ficarão esgotadas”, argumentou.
Durante uma conferência de imprensa, trabalhadores de Tóquio relataram suas dificuldades financeiras. Um homem e uma mulher que recebem o salário mínimo compartilharam preocupações sobre não conseguir poupar dinheiro e os impactos dos aumentos nos custos de eletricidade.
O governo japonês tem como meta elevar o salário mínimo para 1.500 ienes até meados da década de 2030. No entanto, Kurosawa enfatiza que a necessidade de um aumento é urgente e não deve ser adiada. “Não devemos ter um salário mínimo que torne impossível comer mesmo se você trabalhar. Um aumento salarial é necessário, pois o mais rápido possível, não em meados da década de 2030”, finalizou.
Fonte: Mainichi