O número de estrangeiros deportados por violações das leis de imigração no Japão cresceu mais de 65% em 2023, um ano após a suspensão das restrições de fronteira devido à COVID-19. Dados da Agência de Serviços de Imigração divulgados na sexta-feira mostram que 8.024 pessoas foram deportadas, em comparação com 4.795 em 2022.
No ano passado, 18.198 cidadãos estrangeiros passaram por procedimentos de deportação, quase o dobro dos 10.300 registrados no ano anterior. O aumento reflete uma fiscalização mais rigorosa das leis de imigração. Existem dois tipos principais de procedimentos de deportação. No primeiro, estrangeiros que excedem o período de permanência ou cometem outras violações são detidos até a partida e não podem retornar no Japão por pelo menos cinco anos. No segundo, aqueles que se entregam voluntariamente às autoridades evitam a detenção e podem reentrar após um ano. Entre as 18.198 pessoas sujeitas a deportação, 9.197 receberam ordens de saída voluntária. Já 2.929 obtiveram liberdade provisória por motivos humanitários.
Os deportados vieram de 95 países, com o Vietnã liderando a lista (38,2%), seguido pela Tailândia (3.171) e China (2.059). A maioria (16.949) excedeu o período de permanência permitido, enquanto 340 entraram ilegalmente e 175 realizaram atividades não autorizadas pelos vistos. Além disso, 12.384 pessoas estavam envolvidas em trabalhos ilegais, representando 68,1% do total. A região de Kanto teve o maior número de trabalhadores ilegais (8.983), seguida por Chubu (1.662). A Prefeitura de Ibaraki registrou o maior número dentro de uma única prefeitura (2.748).
Fonte: Japan Times