Uma brasileira, Suellen Serra Kumagae, de 33 anos, foi homenageada pela Delegacia de Polícia de Kamo, em Gifu, na última quinta-feira (11), por evitar que um conterrâneo caísse em “um golpe do amor”.
Suellen, funcionária da loja Mega Don Quijote Uny, em Minokamo, recebeu um diploma de agradecimento das mãos do delegado Kazushi Tomatsu.
A mulher, que vive no Japão desde os dois anos de idade e é fluente em japonês e português, atendeu um brasileiro na faixa dos 40 anos que pretendia comprar dinheiro eletrônico na loja no dia 19 de junho. O homem explicou que uma mulher estrangeira, com quem se comunicava através de uma rede social, havia pedido que ele comprasse o dinheiro eletrônico.
Desconfiada, Suellen percebeu que se tratava de uma fraude. Ela relatou o caso à polícia, impedindo que o homem fosse vítima do golpe do amor. A pessoa com quem ele trocava mensagens se passava por uma médica militar japonesa servindo no Iraque, que supostamente precisava de 150 mil ienes em dinheiro eletrônico.
Entenda como funciona o “dinheiro eletrônico”
No Japão, a prática de utilizar dinheiro eletrônico, conhecido localmente como denshi money (電子マネー), é uma forma comum de realizar pagamentos sem depender de dinheiro em espécie. Esse método é largamente utilizado para diversas finalidades, desde o pagamento de tarifas de transporte até compras cotidianas, e pode funcionar como um sistema pré-pago, pós-pago ou de débito.
Os sistemas de pagamento antecipado mais conhecidos incluem Suica, PASMO, Rakuten Edy, nanaco e WAON. Para os que preferem pagamentos a posteriori, iD e QuickPay são opções populares. No que diz respeito a débito direto da conta bancária, o iD se destaca como a escolha predominante. Esse dinheiro eletrônico pode ser usado tanto em cartões físicos quanto em aplicativos para dispositivos móveis.
Fonte: Chunichi