O Japão está prestes a enfrentar uma crise no setor de cuidados de idosos. Estimativas recentes do Ministério do Bem-Estar Social apontam que, até o ano fiscal de 2040, o país terá um déficit de aproximadamente 570.000 cuidadores, justamente quando a população idosa deverá alcançar seu pico.
Em 12 de julho, o Ministério divulgou que serão necessários 2,72 milhões de cuidadores em 2040. No ano fiscal de 2022, o Japão contava com 2,15 milhões de cuidadores, e a previsão para 2026 é de uma necessidade de 2,4 milhões de profissionais, indicando uma escassez de 250.000 cuidadores em apenas alguns anos.
A situação é ainda mais crítica considerando que os 47 governos municipais do Japão, incluindo Tóquio e Hokkaido, estimaram a necessidade de cuidadores como parte da revisão do sistema de seguro de cuidados de longo prazo, realizada a cada três anos. Em Tóquio, por exemplo, a previsão é de que serão necessários 258.000 cuidadores em 2040, em comparação aos 182.000 necessários em 2022.
Embora a projeção nacional para 2040 seja menor do que a estimativa anterior de 2021, que indicava a necessidade de 2,8 milhões de cuidadores, a situação continua preocupante. A redução na estimativa foi atribuída aos esforços bem-sucedidos de prevenção da fragilidade entre os idosos, diminuindo a porcentagem daqueles que necessitam de cuidados de longo prazo.
Apesar desses esforços, o Japão não está livre de uma crise iminente. O país enfrenta uma grave escassez de mão de obra, agravada pela redução da população em idade produtiva. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisa Populacional e Previdência Social, a população entre 15 e 64 anos diminuirá de 73,95 milhões em 2023 para 62,13 milhões em 2040. Paralelamente, o número de idosos com 65 anos ou mais aumentará de 36,23 milhões para 39,28 milhões.
Fonte: Mainichi
