Visitar um santuário japonês é uma experiência enriquecedora que permite uma imersão na cultura e nas tradições do país. Para garantir uma visita respeitosa e enriquecedora, é essencial entender e seguir a etiqueta apropriada ao visitar esses locais sagrados.
Esta matéria fornecerá todas as informações necessárias para você aproveitar ao máximo sua visita a um santuário xintoísta no Japão.
A chegada e a entrada no Santuário
Ao se aproximar de um santuário japonês, a primeira estrutura que você encontrará será o torii, um portão tradicional que simboliza a transição do mundo profano para o espaço sagrado. Este portão pode ser feito de pedra, concreto ou madeira laqueada vermelha. Ao chegar ao torii, é costume parar e fazer uma reverência, que pode ser tão simples quanto inclinar a cabeça ou uma reverência mais formal dobrando-se pela cintura. Este ato de reverência é uma forma de saudar as divindades guardiãs do santuário e pedir permissão para entrar.
Ao entrar em um santuário, é importante seguir uma etiqueta semelhante à usada em calçadas e escadas rolantes: caminhe pelo lado esquerdo. Esse costume existe porque o centro do caminho sob o torii é considerado um espaço sagrado reservado para a passagem das divindades.
O Ritual de purificação
Depois de atravessar o torii, você verá o chouzuya, uma estrutura com uma bacia de água utilizada para a purificação ritual. Este processo de purificação é fundamental antes de se aproximar do santuário principal.
Pegue uma concha chamada hishaku, geralmente feitas de metal ou madeira, com a mão direita e encha-a com água. Primeiro, derrame um pouco de água sobre a mão esquerda, depois troque a concha de mão e derrame sobre a mão direita. Após isso, derrame um pouco de água na mão esquerda e enxágue a boca (sem engolir a água). Finalmente, segure a concha de forma que a água restante escorra pela alça, purificando-a para o próximo uso. Este ritual simboliza a limpeza das impurezas físicas e espirituais.
Lembre-se que após esse ritual você não poderá tocar em nada, execeto em uma toalha ou lenço para enxugar suas mãos.
No Santuário principal
A estrutura central de qualquer santuário é o honden, onde as divindades residem. Aproximando-se do honden, você pode encontrar um grande sino suspenso por uma corda grossa.
Puxar a corda para tocar o sino é um gesto para anunciar sua presença às divindades. Em seguida, dirija-se ao saisen bako, a caixa de oferendas, onde é comum deixar uma doação, muitas vezes uma moeda de cinco ienes, que é considerada um símbolo de boa sorte e boas conexões devido ao seu significado fonético em japonês.
O ritual de oração
Depois de fazer sua oferta, é hora de realizar o ritual de oração conhecido como “nirei, nihakushu, ichirei”. Este ritual consiste em:
1. Fazer duas reverências.
2. Bater palmas duas vezes.
3. Juntar as mãos em oração, mantendo as palmas pressionadas e os dedos retos.
4. Após a prece, faça uma última reverência.
Este processo é uma demonstração de respeito e devoção às divindades do santuário.
Conheça os Terrenos do Santuário
Depois de prestar suas homenagens no honden, você é livre para explorar os terrenos do santuário.
Muitos santuários possuem belos jardins, e alguns até têm lojas onde você pode adquirir omamori (talismãs de sorte) e goshuin (selos de santuário). Em santuários maiores, você pode encontrar casas de chá ou cafés onde pode descansar e refletir sobre sua visita.
Hora da saída
Quando estiver pronto para partir, retorne pelo mesmo caminho que utilizou para entrar, mantendo-se à esquerda do caminho. Ao alcançar o torii novamente, vire-se para ele e faça uma última reverência. Este gesto é uma forma de agradecer e se despedir respeitosamente das divindades do santuário.
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