Com o aumento do turismo no Japão, governos locais estão considerando a cobrança de uma taxa de hospedagem para lidar com os desafios do turismo excessivo. Já são doze municípios que introduziram a medida e mais de quarenta estão analisando a implementação.
A ideia é usar a arrecadação para melhorar a infraestrutura turística e enfrentar problemas como lixo e infrações de trânsito. No entanto, algumas empresas de hospedagem estão preocupadas com o impacto dessa nova taxa.
Turistas e infrações
Em Fujiyoshida, província de Yamanashi, a área ao redor de uma faixa de pedestres virou ponto de atração turística. Mais de 4.000 visitantes diários tiram fotos do Monte Fuji, o que tem gerado problemas de trânsito e lixo.
O governo local anunciou a intenção de introduzir um imposto de hospedagem para enfrentar o problema. A cidade espera que a receita ajude a controlar o fluxo de turistas, que deve atingir 1,7 milhão este ano, contra 300 mil em 2016.
Financiamento de soluções
O imposto de hospedagem é cobrado de hóspedes de hoteis e precisa de aprovação do governo para ser implementado. Tóquio foi a primeira a introduzi-lo em 2002, e Kyoto, que prevê arrecadar 4,8 bilhões de ienes com o imposto em 2024, já usa a receita para operar um ônibus turístico que evita pontos de congestionamento.
Oposição das empresas
Empresas de hospedagem, responsáveis pela cobrança do imposto, manifestaram preocupação. Em Yuzawa, na província de Niigata, hotéis temem que o novo imposto aumente as taxas de hospedagem e diminua a competitividade.
Na província de Miyagi, 18 grupos empresariais se reuniram para declarar oposição a um imposto de 300 ienes. O setor argumenta que ainda não se recuperou da pandemia e que novos impostos podem afastar turistas para regiões vizinhas.
Kinichi Fujita, da associação de ryokans de Naruko Onsen-kyo, expressou preocupação de que o imposto desestimule o turismo na área.
Fonte: Japan News