Um painel do governo japonês decidiu na quarta-feira (24) aumentar o salário mínimo nacional em 50 ienes, marcando o maior aumento já registrado. Com isso, o salário mínimo por hora passará de 1.004 ienes para 1.054 ienes, oferecendo um alívio para muitos trabalhadores que enfrentam a alta dos preços.
Contexto do aumento
Este aumento ocorre após negociações salariais históricas na primavera deste ano, onde empresas privadas concordaram em aumentar os salários em uma média de 5,1%. Este foi o primeiro aumento acima de 5% em 33 anos, conforme pesquisa da Japanese Trade Union Confederation, o maior sindicato trabalhista do Japão.
Pressão por melhores salários
O governo e os sindicatos têm pressionado os executivos corporativos para melhorar os salários, especialmente com o aumento de 3,1% nos preços ao consumidor no último ano – o maior em 41 anos. Este aumento afetou o custo de itens essenciais, como alimentos e hospedagem, impactando o orçamento familiar de trabalhadores em diversos setores.
Embora o aumento do salário mínimo ofereça um alívio, os dados mostram que os salários reais ainda estão atrás da inflação. Em maio, os salários reais no Japão caíram 1,4% em relação ao ano anterior, registrando a 26ª queda consecutiva, de acordo com o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar.
No ano fiscal de 2023, o salário mínimo aumentou 43 ienes, atingindo 1.004 ienes por hora pela primeira vez. O governo do primeiro-ministro Fumio Kishida tem como objetivo elevar esse valor para 1.500 ienes até meados da década de 2030.
O salário mínimo é definido individualmente por cada uma das 47 prefeituras do Japão e revisado anualmente. O painel do governo estabelece diretrizes de referência, e os valores finais são decididos em agosto para entrar em vigor em outubro.
Fonte: Asahi