O dia 26 de maio marcou um acontecimentos incomum na delegacia de Fuji na província de Shizuoka, quando uma gangue histórica realizou uma cerimônia de dissolução diante de um grupo de policiais. O décimo líder dessa violenta organização anunciou a decisão de encerrar as atividades, levando em consideração as condições sociais atuais. Essa foi a primeira vez que uma gangue realizou uma cerimônia de dissolução.
Com uma história de quase um século e um contingente que já chegou a ter 500 membros, a gangue era conhecida por operar barracas em festivais. No entanto, atualmente, o número de membros é bastante reduzido, o que levou o líder a tomar a decisão de dissolver a organização.
O chefe da delegacia de Fuji, Kusugaya Yoshimi, expressou o desejo de que os membros da gangue levem uma vida saudável como cidadãos conscientes da sociedade no futuro.
O líder da gangue havia sido preso sob suspeita de obter ilegalmente direitos para operar barracas em festivais, mas acabou sendo liberado de acusações. Posteriormente, a polícia sugeriu a dissolução da gangue. O número de membros de gangues em todo o país tem diminuído a cada ano, atribuído ao envelhecimento dos membros e à crescente conscientização sobre a exclusão social.
Segundo a Agência Nacional de Polícia, em 2004 havia 87.000 membros de gangues no Japão, mas em 2022 esse número caiu para cerca de 22.000, uma redução de 75% em 18 anos. Na província de Shizuoka, o número é inferior à metade do que era há 10 anos. A polícia local acredita que isso se deve ao envelhecimento dos membros das gangues e ao aumento da conscientização na sociedade sobre a necessidade de eliminar essas organizações criminosas.
O declínio no número de membros é um reflexo das mudanças na sociedade japonesa. Com o envelhecimento dos membros e a conscientização crescente sobre os impactos negativos dessas organizações, as gangues estão enfrentando uma redução em sua influência e número de afiliados.
Fonte: FNN