O número de mortes por insolação na capital japonesa alcançou um recorde histórico entre os meses de junho e setembro de 2024, com 252 vítimas, segundo informações preliminares do Escritório Médico de Tóquio. Este dado supera o recorde anterior de 251 mortes registrado em 2022, desde que as estatísticas começaram a ser coletadas em 2006.
A maior parte das mortes ocorreu dentro de residências. Dos 250 casos examinados entre 1º de junho e 4 de setembro, 241 pessoas faleceram em casa, sendo que quase 90% delas (215 vítimas) não utilizavam ar-condicionado ou não tinham o aparelho disponível no ambiente.
A faixa etária mais atingida foi a dos idosos, com 98 mortes entre pessoas na faixa dos 80 anos, seguida por 82 vítimas com idades entre 70 e 79 anos. O aumento das temperaturas e a falta de condições adequadas de resfriamento têm sido um fator de risco, especialmente entre os idosos que vivem sozinhos.
Riscos para idosos e uso de ar-condicionado
Especialistas apontam que, para muitos idosos que vivem sozinhos, o risco de insolação aumenta devido à falta de pessoas próximas para identificar os sintomas da doença. Dias com temperaturas elevadas, tanto pela manhã quanto à noite, após o fim da temporada de chuvas em julho, também contribuíram para o aumento do calor dentro das residências.
O Dr. Yasufumi Miyake, diretor do Centro de Emergências da Universidade de Teikyo, enfatizou que muitos idosos podem se desidratar sem perceber, o que agrava o risco de insolação. Ele aconselha o uso de ar-condicionado e a ingestão frequente de líquidos, especialmente em dias de calor intenso. A Agência Meteorológica do Japão prevê que as temperaturas continuarão elevadas em setembro, reforçando a necessidade de cuidados.
Fonte: Mainichi