As fortes chuvas que atingiram a região de Noto, na província de Ishikawa, neste sábado (21), resultaram na morte de uma pessoa e mais de sete desaparecidos. A área, que ainda está se recuperando de um forte terremoto de magnitude 7,6 ocorrido no início do ano, sofre agora com inundações, deslizamentos de terra e danos à infraestrutura. A Agência Meteorológica do Japão emitiu o mais alto nível de alerta devido às “chuvas sem precedentes” registradas na região.
Na cidade de Wajima, as chuvas chegaram a 120 milímetros por hora, sendo a mais intensa já registrada desde o início dos monitoramentos. Mais de 45 mil pessoas nas cidades de Wajima, Suzu e Noto foram obrigadas a deixar suas casas devido às enchentes e ao risco iminente de desastres naturais.
Em Suzu, uma pessoa foi confirmada morta após ser soterrada em um deslizamento de terra. Em Wajima, 10 pessoas estão desaparecidas, e três delas foram arrastadas por rios na região. Além disso, no local de uma obra de reparação de um túnel danificado pelo terremoto de janeiro, quatro trabalhadores estão desaparecidos após um deslizamento.
Impactos na infraestrutura e evacuações em massa
As chuvas danificaram diversos pontos da infraestrutura local. Mais de 3.100 residências em Wajima, 1.200 em Suzu e 960 em Noto estão sem energia elétrica. Autoridades também reportaram o transbordamento de mais de 10 rios na região, aumentando o risco de novas inundações, já que alguns diques haviam sido comprometidos pelo terremoto anterior.
O governador de Ishikawa, Hiroshi Hase, pediu que a população tome medidas rápidas para garantir sua segurança, destacando que áreas já vulneráveis pelo terremoto continuam em risco com as fortes chuvas. As ordens de evacuação foram estendidas para mais de 60 mil pessoas, incluindo moradores das províncias vizinhas de Niigata e Yamagata.
A Agência Meteorológica do Japão alertou que a situação pode piorar, pois a tempestade tropical Pulasan, conhecida como Tufão Nº 14 no Japão, aproxima-se da região. Embora esteja previsto que o tufão perca força ao se aproximar da costa, há previsão de mais chuvas fortes e ventos intensos, o que pode agravar ainda mais a situação nas regiões já afetadas.
Fonte: Kyodo e NHK
