Em outubro, o Japão passará por uma nova fase de aumentos de preços, afetando diretamente os residentes do país. Diversos produtos e serviços, como alimentos, bebidas e tarifas postais, sofrerão reajustes, impactando o orçamento das famílias. Além disso, importantes mudanças nas políticas trabalhistas e sociais também entrarão em vigor.
As tarifas postais no Japão terão um aumento significativo, o primeiro em três décadas. O envio de cartas de até 25 gramas passará de 84 ienes para 110 ienes, e os cartões postais subirão de 63 ienes para 85 ienes. Os pacotes do serviço “Letter Pack Light” também sofrerão reajustes, com o preço subindo de 370 ienes para 430 ienes. Esses aumentos são justificados pela redução no uso de correio físico e pelo aumento nos custos operacionais.
No setor alimentício, aproximadamente 3.000 itens, incluindo bebidas e snacks, terão seus preços elevados. Grandes empresas como Coca-Cola, Kirin e Asahi já anunciaram aumentos de até 30% em alguns produtos devido à alta nos custos de produção, embalagens e logística, em parte atribuídos à desvalorização do iene. Snacks populares, como os da Kameda Seika, também terão reajustes que variam de 9% a 22%.
A partir de outubro, o governo japonês ampliará os benefícios da mesada infantil, que agora serão pagos para famílias com filhos até o ensino médio, sem limite de renda. Além disso, o salário mínimo nacional será reajustado, com um aumento médio de 51 ienes, chegando a 1.055 ienes por hora. Esse aumento é uma tentativa de reduzir os impactos do aumento do custo de vida, especialmente nas regiões rurais, que também sofrerão reajustes acima da média.
Mudanças também serão vistas no setor de saúde, com novos ajustes no preço de medicamentos genéricos. Pacientes que optarem por medicamentos genéricos há mais de cinco anos no mercado pagarão 25% da diferença de preço em relação aos medicamentos de marca.
Por fim, um novo programa de vacinação contra a COVID-19 começará, focado em idosos e pessoas com condições de saúde. O governo subsidiará parte dos custos para manter o valor máximo da vacinação em 7.000 ienes.
Fonte: Mainichi
