O recém-nomeado Ministro da Justiça do Japão, Hideki Makihara, declarou nesta quarta-feira (02/10) que a abolição da pena de morte no país seria “inapropriada”. Segundo ele, a maioria da população japonesa ainda considera a pena capital como uma medida necessária para crimes extremamente graves.
Vale ressaltar que o país não realiza execuções há mais de dois anos, mas o debate sobre o tema ganhou força após a recente absolvição de Iwao Hakamata, um ex-condenado que passou quase 50 anos no corredor da morte.
Durante uma coletiva de imprensa, Makihara enfatizou que, como a pena de morte envolve a vida humana, o tema precisa ser tratado com a máxima cautela. Ele também mencionou que, embora o assunto seja delicado, é fundamental que diferentes perspectivas sejam consideradas cuidadosamente antes de qualquer mudança.
Outro ponto discutido pelo ministro foi a questão dos trabalhadores estrangeiros no Japão. O país está prestes a reformar seu programa de trainees, que atualmente impede que trabalhadores estrangeiros troquem de emprego nos primeiros três anos de contrato. Com o novo sistema, previsto para 2027, essa limitação será flexibilizada, permitindo a mudança de trabalho após um ou dois anos de permanência no mesmo empregador.
Makihara ressaltou que irá trabalhar com outros ministérios para definir as diretrizes dessa mudança e garantir que os direitos dos trabalhadores estrangeiros sejam respeitados, enquanto o Japão busca suprir a demanda por mão de obra qualificada em diversos setores.
Além disso, o ministro também abordou a polêmica sobre a possibilidade de casais no Japão escolherem manter sobrenomes diferentes após o casamento. Esse tema tem dividido opiniões, e Makihara reforçou que o governo deve avançar com cautela, respeitando o debate público.
Fonte: Mainichi