Um tribunal japonês condenou o governo municipal de Kofu a pagar uma indenização de 58 milhões de ienes (cerca de US$ 382.430) à família de Atsuji Mukoyama, um funcionário público que se suicidou em 2020 devido ao excesso de trabalho. A decisão judicial, divulgada em 22 de outubro, reconheceu que a sobrecarga de horas extras foi um fator decisivo na morte do funcionário, que tinha 42 anos.
Mukoyama, que começou a trabalhar para o governo de Kofu em 2002, foi designado para uma nova divisão em 2019, com a missão de agilizar processos administrativos. Nos dois meses que antecederam sua morte, ele trabalhou entre 148 e 209 horas extras por mês. Essa carga excessiva de trabalho contribuiu para o desenvolvimento de uma doença mental, segundo o tribunal.
O juiz Kazunori Nitta destacou que o chefe de Mukoyama deveria ter monitorado melhor suas horas de trabalho e tomado medidas para reduzir sua carga, mas não fez nada além de confirmar verbalmente os horários de saída. O tribunal determinou que o governo de Kofu falhou em seu dever de proteger a saúde mental e física de seus funcionários.
A família de Mukoyama havia pedido inicialmente 80 milhões de ienes em indenização, mas aceitou o veredicto, que consideraram justo. Takashi Mukoyama, pai da vítima, expressou alívio pela decisão: “Estou grato, pois a sentença levou em conta nossos sentimentos”, declarou em uma entrevista coletiva.
O prefeito de Kofu, Yuichi Higuchi, afirmou que o governo municipal vai analisar a decisão antes de tomar uma posição final sobre o caso.
Fonte: Asahi