O primeiro-ministro Shigeru Ishiba está prestes a ser reeleito durante uma sessão especial do parlamento japonês (Diet) nesta segunda-feira, após as eleições da Câmara Baixa do mês passado. O resultado dessas eleições foi desfavorável para o Partido Liberal Democrata (LDP) e seu parceiro de coalizão, Komeito, que perderam a maioria que mantinham desde 2012. No entanto, eles conquistaram a maior quantidade de assentos, iniciando esforços para formar um governo com o apoio de partidos menores.
O processo de votação no parlamento inclui membros das duas câmaras e, caso nenhum candidato conquiste a maioria na votação inicial, um segundo turno será realizado. Esta seria a primeira vez em 30 anos que um segundo turno ocorre na Câmara Baixa. O confronto esperado é entre o atual presidente do LDP, Ishiba, e Yoshihiko Noda, líder do Partido Democrático Constitucional do Japão (CDP).
Apesar da perda da maioria, Ishiba deve ser reeleito, pois a oposição tem enfrentado dificuldades para unificar o apoio em torno de um único candidato. Após a reeleição, Ishiba deve anunciar a formação de seu novo gabinete, que inclui algumas mudanças significativas. Keisuke Suzuki deve ser nomeado como ministro da Justiça e Taku Eto como ministro da Agricultura. Os ministros atuais perderam seus assentos nas eleições recentes, exigindo essas substituições.
Ishiba também considera nomear o deputado do Komeito, Hiromasa Nakano, para substituir Saito Tetsuo, que assumiu a posição de representante-chefe do Komeito. Outros ministros devem ser mantidos em seus cargos. O imperador endossará formalmente Ishiba e seu gabinete no Palácio Imperial, marcando o início oficial de seu novo mandato. Após essa cerimônia, Ishiba deve apresentar suas novas políticas em uma coletiva de imprensa.
Nos próximos dias, Ishiba planeja reuniões com líderes da oposição para buscar apoio em sua agenda de políticas, incluindo reformas políticas. No domingo, ele já havia se reunido com Nobuyuki Baba, do Partido da Inovação do Japão, e tem conversas marcadas com Noda e Yuichiro Tamaki, do Partido Democrático do Povo (DPP), na segunda-feira. O DPP, embora tenha se posicionado como um partido influente nas negociações, anunciou que não apoiará Ishiba no processo de votação.
Fonte: NHK
