O Aeroporto Internacional de Kansai, em Osaka, está enfrentando novamente o aumento no número de malas abandonadas em seus terminais, uma situação que já havia sido comum antes da pandemia de COVID-19. Segundo dados fornecidos pela operadora Kansai Airports Co., o problema tem gerado transtornos para os funcionários e custos adicionais com inspeções e descarte.
Impacto do abandono de malas
Com o crescimento no fluxo de passageiros após a pandemia, os casos de malas abandonadas saltaram de 148 em 2022 para 477 em 2023. Entre janeiro e junho de 2024, 273 ocorrências já foram registradas. A maioria dos itens é deixada perto de lixeiras, áreas de repacking de bagagens e escadas com pouco movimento. Muitas vezes, os viajantes abandonam as malas após adquirirem novas ou devido a defeitos nas antigas.
Procedimentos exigentes para descarte
Quando uma mala abandonada é encontrada, é necessário verificar se não apresenta riscos, como materiais perigosos. Esse processo pode levar até 20 minutos, incluindo inspeções com raios X e outras medidas de segurança. Mesmo após essa análise, as malas consideradas seguras são tratadas como itens perdidos e armazenadas por até três meses antes de serem descartadas, caso não sejam reclamadas.
Alternativas oferecidas pelo aeroporto
Para minimizar o problema, o Aeroporto de Kansai oferece um serviço gratuito de entrega de malas reutilizáveis desde 2018. No Terminal 1, os viajantes podem deixar suas malas apresentando o bilhete de embarque e passaporte, assinando um termo de renúncia de propriedade. As malas em bom estado são enviadas para reciclagem e revendidas como itens de segunda mão.
Apesar do crescimento no uso do serviço — com 507 malas entregues em 2023 — apenas cerca de 10% delas são consideradas adequadas para revenda, devido a danos como sujeira, alças quebradas e pequenos furos. O restante precisa ser descartado.
Fonte: Mainichi