O Japão enfrentou o outono mais quente desde o início dos registros, há 126 anos, segundo a Agência Meteorológica do Japão (JMA). Com temperaturas médias 1,97°C acima do normal entre setembro e novembro, o fenômeno impactou a tradicional temporada de folhas de outono, atrasando o pico das cores vibrantes que atraem turistas para o país.
Recorde de temperatura e impactos no turismo
O aumento nas temperaturas foi registrado em diversas regiões: Tóquio teve média 2,4°C acima do normal, Nagoya 2,9°C, e Sapporo 1,2°C. O calor prolongado afetou a mudança de cores das folhas, forçando adaptações. Em Kyoto, uma empresa ferroviária conhecida pelos passeios em florestas iluminadas estendeu seus horários para atender ao atraso na mudança das folhas.
As melhores datas para apreciar as cores do outono foram adiadas, com previsão para Tóquio nesta quinta-feira e Osaka na próxima segunda-feira, ambas mais tardias do que o habitual, de acordo com a Japan Meteorological Corporation.
Extremos climáticos e mudanças globais
Este outono atípico segue o verão mais quente da história do Japão, parte de um padrão global de ondas de calor alimentadas pelas mudanças climáticas. As consequências vão além do calor. O Monte Fuji, por exemplo, registrou sua cobertura de neve mais tardia em 130 anos, aparecendo apenas em novembro, quando normalmente ocorre em outubro.
Outro impacto foi observado na formação de quatro tufões simultâneos em novembro, algo considerado extremamente raro. As temperaturas elevadas das águas do mar, registradas 1,7°C acima da média, contribuíram para chuvas intensas em algumas regiões do país.
Fonte: Japan Times