O Japão se prepara para mais um aumento no custo dos alimentos. A partir de fevereiro, os preços de 1.656 itens alimentícios serão reajustados, impactando diretamente o bolso dos consumidores. O número representa um aumento de 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado e deve continuar crescendo nos próximos meses, segundo um levantamento da Teikoku Databank.
Entre os produtos que ficarão mais caros estão chocolates, itens à base de farinha e alimentos congelados que utilizam arroz. O principal motivo é a alta no preço das matérias-primas, impulsionada por problemas na produção global e pela desvalorização do iene.
Os chocolates terão um dos reajustes mais expressivos. Com a queda na produção de cacau e a consequente alta no preço da commodity, fabricantes como Morinaga & Co. e Ezaki Glico já anunciaram aumentos para produtos populares, como o Dars e o Pocky, que terão reajustes entre 5% e 45%.
O arroz, base da alimentação no Japão, também ficou mais caro, e o impacto já pode ser sentido em produtos congelados. A Nichirei Foods anunciou aumento nos preços de itens como bolinhos de arroz grelhados congelados. No setor de panificação e confeitaria, a elevação dos custos da farinha fez com que empresas como Nisshin Seifun Welna ajustassem os preços de farinha para bolos e misturas prontas.
Além da alta nos custos das matérias-primas, as empresas também enfrentam desafios como o aumento das despesas com mão de obra e a desvalorização do iene, fatores que pressionam ainda mais os preços. Especialistas alertam que essa tendência deve se intensificar nos próximos meses. Caso o ritmo de reajustes continue, o número total de aumentos pode ultrapassar 10 mil itens já em abril, tornando 2025 um ano de forte pressão inflacionária para os consumidores japoneses.
Fonte: Japan Times