O número de turistas estrangeiros no Japão atingiu 3,78 milhões em janeiro, um aumento de 40,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento foi impulsionado pelo aumento de visitantes da China, que mais que dobrou, além de mais turistas de Hong Kong, Taiwan, Austrália e Estados Unidos, segundo dados do governo divulgados nesta quarta-feira (19).
Aumento impulsionado pelo feriado do Ano Novo Lunar
A China liderou o ranking com 980,3 mil visitantes, mais que o dobro dos 416 mil registrados em janeiro de 2024. O aumento de voos entre os dois países e o fato de o Ano Novo Lunar ter começado mais cedo neste ano ajudaram a impulsionar esse crescimento.
A Coreia do Sul ficou em segundo lugar, com 967,1 mil turistas, alta de 12,8%, seguida por Taiwan, com 593,4 mil (+20,5%), e Hong Kong, com 243,7 mil (+30,8%).
Já o número de visitantes da Austrália cresceu 35,3%, chegando a 140,2 mil, enquanto os turistas dos Estados Unidos aumentaram 38,4%, totalizando 182,5 mil. Muitos viajaram ao Japão para aproveitar a temporada de esportes de neve.
Turismo segue em alta no Japão
O forte crescimento em janeiro segue a tendência de 2024, quando o Japão bateu recorde de 36,87 milhões de turistas estrangeiros, um aumento de 47,1%. Esse crescimento foi favorecido pelo iene desvalorizado, que tornou o país mais acessível para turistas, e pela retomada dos voos internacionais após a pandemia.
Durante o Ano Novo Lunar, o Japão foi o principal destino internacional para turistas chineses, segundo uma pesquisa da IntaSect Communications Inc. Entre as regiões mais visitadas, Hokkaido ficou em primeiro lugar, superando Tóquio e Osaka, graças às suas águas termais e estações de esqui.
Desafios e planos para o futuro
O governo japonês pretende atrair 60 milhões de visitantes por ano até 2030, mas enfrenta desafios como a superlotação em pontos turísticos e a falta de mão de obra no setor de hospitalidade.
Para diversificar o turismo, o Japão busca atrair mais viajantes de alto padrão e incentivar os visitantes a explorarem além da “Golden Route” (Tóquio, Osaka, Kyoto e Monte Fuji), promovendo destinos menos acessíveis por transporte público e com pouca infraestrutura multilíngue.
Fonte: Mainichi