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Japão inicia remoção de 4.300 semáforos antigos, mas enfrenta resistência em algumas regiões

O Japão está conduzindo a remoção de semáforos antigos em diversas áreas do país como parte de um esforço para otimizar custos e modernizar a infraestrutura viária. Atualmente, há cerca de 210 mil semáforos em funcionamento, sendo que um quarto deles já ultrapassou sua vida útil estimada.

A decisão de remover parte desses equipamentos considera a redução do fluxo de tráfego em locais afetados pelo despovoamento e fechamento de escolas. Nos próximos anos, a Agência Nacional de Polícia (NPA) prevê a remoção de aproximadamente 4.300 semáforos, o que corresponde a cerca de 2% do total. No entanto, a remoção enfrenta desafios, pois muitos moradores resistem à ideia, temendo impactos na segurança.

A instalação de semáforos no Japão cresceu significativamente ao longo das décadas. Em 1970, havia cerca de 20 mil em todo o país, período em que os acidentes fatais atingiram o pico de 15.801 registros anuais. Em março de 2024, esse número saltou para 210 mil, com Tóquio possuindo a maior quantidade, 16.030, enquanto Tottori tem a menor, com 1.303 unidades.

Os custos de manutenção são um fator determinante na remoção. Cada semáforo exige cerca de 1,3 milhão de ienes (aproximadamente 8.400 dólares) para reparos, além de custos operacionais contínuos. Atualmente, cerca de 50 mil semáforos necessitam de reparo. Em algumas situações, a deterioração levou à queda dos postes, com 17 casos registrados nos últimos dez anos. Em 2021, um semáforo caiu em Suzuka, na província de Mie, devido à corrosão, possivelmente causada por urina de cães. Outro caso foi registrado em julho de 2024, em Shizuoka, devido à corrosão pela água da chuva.

A NPA definiu critérios para a remoção, incluindo a diminuição do tráfego e o fechamento de escolas próximas. O percentual de remoção varia conforme a região, com as províncias de Wakayama e Tokushima prevendo a retirada de cerca de 10% de seus semáforos.

Apesar da necessidade de ajustes, alguns moradores se opõem à retirada dos semáforos, alegando que sua remoção pode aumentar os riscos para pedestres, especialmente idosos. Em Tsukuba, na província de Ibaraki, um semáforo próximo a uma escola desativada foi considerado para remoção em 2018, mas a resistência da comunidade fez com que fosse mantido.

Por outro lado, há locais onde a remoção ocorreu sem resistência, como em Akabira, Hokkaido, onde um semáforo de acionamento manual foi retirado após o fechamento de uma escola, devido à baixa circulação de pedestres.

Em contraste, algumas comunidades solicitam novos semáforos sem sucesso. Em Rokunohe, Aomori, um cruzamento sem semáforo foi palco de nove acidentes em cinco anos, resultando em três mortes em setembro de 2024. Apesar dos pedidos dos moradores, a polícia considerou que o fluxo de tráfego não atendia aos critérios para instalação, optando por reforçar a sinalização com placas de “pare”.

Nos últimos cinco anos, 2.212 novos semáforos foram instalados no Japão, um número menor que os planejados para remoção, indicando uma tendência de racionalização do uso desses equipamentos.

Fonte: Asahi

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Tokyo, JP
07:04, mar 10, 2025
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