Uma recente pesquisa no Japão mostra que, apesar de uma redução no número de pessoas trabalhando exclusivamente de forma remota após a pandemia de COVID-19, o modelo de trabalho híbrido continua ganhando espaço. A pesquisa, realizada pelo Ministério da Terra, Infraestruturas, Transportes e Turismo, revela uma tendência crescente entre os trabalhadores que adotaram essa modalidade.
Em 2021, 27% dos trabalhadores japoneses atuavam remotamente, total ou parcialmente, cifra que recuou para 24,8% em 2023. Em Tóquio e arredores, a queda foi de 42,3% para 38,1%. Entretanto, mais de 70% dos entrevistados preferem trabalhar remotamente mais de um dia por semana.
Interessante notar é a redução daqueles que trabalham remotamente cinco dias por semana, que passou de 19,4% em 2021 para 17,7% em 2023. Ainda assim, mais da metade dos pesquisados expressou o desejo de trabalhar remotamente ao menos três dias por semana.
A pesquisa também destaca uma preferência pelo trabalho remoto entre os mais jovens. Na faixa etária de 15 a 29 anos, um terço dos entrevistados indicou que poderia desobedecer à ordem de retorno ao escritório ou negociaria condições para manter o trabalho remoto. Surpreendentemente, 11,3% dos jovens disseram que considerariam mudar de emprego ou até iniciar um negócio próprio para poder trabalhar de forma remota, o índice mais alto entre todas as faixas etárias.
Entre os motivos para não trabalhar remotamente, o principal citado foi a falta de permissão da empresa, seguido pela necessidade de interação direta ou presencial no trabalho, como no atendimento ao cliente.
Além disso, 67% dos entrevistados mencionaram a redução da carga de deslocamento como um benefício do trabalho remoto, enquanto 54% apontaram a preocupação com a possível redução da atividade física devido a essa modalidade de trabalho.
Fonte: Japan Times