Até 2050, mais de 10% da população idosa no Japão poderá não ter parentes próximos, segundo estimativas do Instituto de Pesquisa do Japão. Isso significa que cerca de 4,48 milhões de pessoas com 65 anos ou mais não terão familiares de até terceiro grau, como bisnetos ou sobrinhos-netos, aumentando a preocupação sobre quem será responsável por atuar como garantidor em hospitais, lares de idosos e sobre quem reivindicará seus corpos após o falecimento.
Com a taxa de casamentos em declínio e o envelhecimento acelerado da população, o número de idosos sem parentes deverá aumentar consideravelmente. Em 2024, esse número já é estimado em 2,86 milhões, mas pode saltar para 11,5% da população idosa até 2050, que será de cerca de 39 milhões de pessoas. Essa situação levanta questões importantes, já que muitos asilos e hospitais exigem garantidores familiares para oferecer seus serviços.
Outro ponto de preocupação é o aumento da demanda por cuidados de longo prazo. O número de idosos sem parentes próximos e que necessitam de cuidados prolongados deve quase dobrar até 2050, passando de 340 mil para 590 mil. Como muitos desses idosos devem recorrer a serviços privados, o governo japonês já está tomando medidas, incluindo a criação de diretrizes para evitar futuros problemas.
A pesquisa também prevê que o número de pessoas com 65 anos ou mais e sem filhos vai crescer de 4,59 milhões em 2024 para 10,32 milhões em 2050. Além disso, a quantidade de pessoas solteiras dentro desse grupo deverá aumentar de 3,71 milhões para 8,34 milhões. Muitos idosos também enfrentam dificuldades em contar com a ajuda financeira de parentes, seja por relações familiares difíceis ou falta de proximidade.
Fonte: Japan Today