Em meio ao crescente debate sobre o turismo excessivo, o prefeito de Kyoto, Koji Matsui, expressou cautela em relação à prática de cobrar mais dos turistas estrangeiros em comparação aos visitantes nacionais. Em uma coletiva de imprensa realizada em 10 de julho, Matsui destacou que tal medida pode ser vista como discriminatória.
“Até que ponto é justificável tratar turistas estrangeiros de forma diferente dos nacionais?” , questionou Matsui. Seus comentários surgem em resposta à proposta de autoridades em Himeji, na província de Hyogo, de aumentar as taxas de entrada para turistas estrangeiros no Castelo de Himeji, um Patrimônio Mundial da UNESCO, sugerindo que o preço de admissão para estrangeiros poderia ser até quatro vezes maior que o cobrado dos japoneses.
Quando indagado sobre a possibilidade de Kyoto adotar uma política semelhante, Matsui foi claro ao afirmar que a hospitalidade para visitantes nacionais e internacionais é uma parte fundamental da identidade da cidade. Ele indicou uma postura cautelosa contra a implementação de taxas de admissão diferenciadas com base na nacionalidade.
No entanto, Matsui apoiou a ideia de cobrar tarifas de transporte público mais altas para visitantes de fora de Kyoto, em comparação aos residentes locais. Segundo ele, os moradores locais subsidiam a infraestrutura da cidade através de seus impostos, justificando, assim, uma diferenciação nas tarifas de transporte.
As autoridades de Kyoto estão em busca de apoio do governo nacional para viabilizar mudanças regulatórias que permitam a implementação de um sistema de preços duplos na rede de ônibus municipal, diferenciando as tarifas para turistas e residentes.
Fonte: Asahi
