O governo japonês seguirá com o aumento do teto de despesas médicas para tratamentos caros em agosto, mas irá reconsiderar novas elevações no futuro, afirmou o primeiro-ministro Shigeru Ishiba nesta sexta-feira (1º) no Parlamento.
A medida faz parte de um plano de reajuste em três fases, programado para ocorrer entre 2025 e 2027. No entanto, Ishiba indicou que os aumentos previstos para 2026 e 2027 podem ser reduzidos.
Durante uma sessão do Comitê de Orçamento da Câmara Baixa, Ishiba respondeu a questionamentos de Yoshihiko Noda, líder do oposicionista Partido Democrático Constitucional do Japão (CDP). Segundo o premiê, a decisão sobre os aumentos programados para os próximos anos será tomada até o outono, após consulta a grupos de pacientes.
Impacto nos pacientes
Com a primeira fase do reajuste em agosto, pessoas com renda anual de ¥7 milhões terão um novo limite mensal de gastos com três tratamentos médicos caros, passando a pagar até ¥88.000 por mês — um aumento de cerca de ¥8.000 em relação ao valor atual.
A proposta visa reduzir os custos dos seguros de saúde, que têm aumentado devido ao envelhecimento da população e à alta dos preços dos medicamentos. No entanto, grupos de pacientes criticam a medida, alegando que ela impõe um peso financeiro maior sobre os cidadãos.
Noda, do CDP, pediu a suspensão do reajuste. “Me sinto muito desconfortável com o governo avançando com esse aumento a partir de agosto”, declarou.
Ishiba também garantiu que o governo manterá um mecanismo para reduzir ainda mais os custos médicos de pessoas que ultrapassarem o teto de gastos pelo menos quatro vezes em um período de 12 meses. Além disso, afirmou que a intenção é que pacientes recém-diagnosticados não fiquem de fora desse benefício.
Fonte: Japan Times