20/09/2024 07:53

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Brasileira consegue carteira de motorista de táxi após 16 tentativas em Aichi

Após enfrentar dificuldades por anos, a brasileira Daniele Tabata, de 44 anos, finalmente conquistou a carteira de motorista Tipo 2, exigida para taxistas e motoristas de ônibus no Japão, em sua 16ª tentativa. Aprovada em janeiro de 2024, ela agora trabalha na Fuji Taxi Group, uma das empresas de transporte que estão recrutando ativamente estrangeiros para suprir a escassez de mão de obra no setor.

Tabata, que vive no Japão há 26 anos, relatou que as provas escritas em japonês especializado foram um grande obstáculo, mesmo já tendo conhecimento básico da língua. A dificuldade em entender o vocabulário técnico fez com que ela precisasse tentar várias vezes até ser aprovada. “Mesmo morando aqui há muito tempo, foi difícil por conta do japonês especializado”, disse a motorista.

A Fuji Taxi Group, com sede em Nagoya, perdeu cerca de 30% de sua equipe de motoristas durante a pandemia, o que levou a empresa a intensificar a contratação de estrangeiros. Atualmente, cerca de 40 motoristas estrangeiros trabalham na companhia, mas a barreira do idioma ainda é um desafio para muitos. “Para os estrangeiros, o exame em japonês é muito difícil, e poucos conseguem passar na primeira tentativa”, comentou Tadashi Minoshima, gerente da empresa.

Esforços para facilitar o processo para estrangeiros

Em resposta à crescente escassez de mão de obra no setor de transporte, o governo japonês tomou medidas importantes. Desde dezembro do ano passado, os exames para a carteira de motorista Tipo 2 passaram a ser oferecidos em idiomas estrangeiros. Em julho de 2024, esse número foi ampliado para 20 línguas diferentes, como parte de um esforço nacional para aumentar o número de motoristas estrangeiros.

Além disso, o governo japonês incluiu o setor de transporte na lista de indústrias elegíveis para o visto de “Trabalhador Qualificado Específico N.º 1”, que permite a contratação de estrangeiros por longo prazo. A medida faz parte de uma resposta ao “problema logístico de 2024”, causado pelas novas regulamentações que limitam as horas extras dos motoristas, o que poderia reduzir ainda mais a força de trabalho disponível.

Desafios continuam além da habilitação

Apesar das iniciativas, as dificuldades vão além do exame escrito. Muitos operadores de táxis e ônibus afirmam que apenas permitir exames em outros idiomas não é suficiente para atrair motoristas estrangeiros. Isso porque, no setor de transporte de passageiros, a comunicação com os clientes e o conhecimento profundo da cultura japonesa são essenciais.

Osamu Kimura, diretor da Associação de Ônibus da Prefeitura de Gifu, aponta que, mesmo com mais motoristas estrangeiros, há desafios como o treinamento adequado e a comunicação com os passageiros. “A barreira linguística durante o treinamento e no atendimento ao cliente é alta”, ressalta.

O professor Hirokazu Kato, da Universidade de Nagoya, especialista em políticas de transporte público, destaca que as empresas precisam de sistemas robustos para treinar esses profissionais. “É um grande desafio para as companhias oferecer treinamento que garanta que esses motoristas estejam preparados para o trabalho no Japão”, concluiu.

Fonte: Yahoo Japan

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