13/04/2025 03:41

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Brasileiro confessa feminicídio no Japão; mãe da vítima diz que filha sofria agressões

O brasileiro Sidnei Tokio Miyakawa, de 49 anos, confessou ter assassinado a namorada, Iemi Igarashi, de 29 anos, também brasileira, na cidade de Showa, província de Yamanashi, no Japão. O crime aconteceu entre a noite de segunda-feira, dia 7, e a manhã de terça-feira, dia 8 de abril, no apartamento onde os dois moravam, dentro do conjunto habitacional Joei Danchi.

De acordo com a polícia, o corpo da vítima foi encontrado com mais de dez perfurações de faca, uma delas atingindo diretamente o coração, o que causou tamponamento cardíaco — condição que leva à morte por acúmulo de sangue ao redor do órgão. A faca usada no crime foi apreendida no local e enviada para análise.

Inicialmente, Miyakawa havia sido preso por abandono de cadáver, mas negava o crime. Porém, na noite de quarta-feira, dia 9, ele confessou que matou a companheira, e passou a responder formalmente por homicídio doloso. Ele foi localizado no mesmo dia do crime na região de Tóquio e levado para interrogatório. A polícia acredita que houve forte intenção de matar, devido à violência e ao número de golpes desferidos.

A denúncia chegou à polícia através da mãe da vítima, que recebeu uma ligação do próprio suspeito dizendo que havia esfaqueado a filha. Quando os agentes chegaram ao local, encontraram a mulher já sem vida.

Em entrevista à emissora japonesa NHK, a mãe de Iemi desabafou emocionada. Segundo ela, a filha era uma pessoa de bom coração, esforçada e que sempre pensava em ajudar os outros. Iemi era mãe de dois filhos pequenos e trabalhava como contratada em uma agência pública de habitação da província de Yamanashi. A avó contou que as crianças estão em idade escolar e lamentou a perda da filha. “Ver as crianças chamando pela mãe me revolta e dá desespero”, disse.

Ainda segundo a mãe, Iemi já havia relatado casos de violência doméstica e brigas com o companheiro. Ela contou que a filha mencionou agressões físicas, mas que nunca formalizou uma denúncia. “Não consigo aceitar a verdade. É uma tristeza enorme. Só quero que ele pague pelo que fez com a minha filha. Não posso perdoá-lo. Quero que receba uma punição severa”, completou.

O caso foi encaminhado ao Ministério Público do Distrito de Kofu. De acordo com o artigo 199 do Código Penal japonês, o crime de homicídio pode ser punido com pena de 5 a 20 anos de prisão, prisão por tempo indeterminado (muki choueki) ou, em casos mais graves, pena de morte (shikei). O processo segue em andamento.

Fonte: TBS, NHK

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