A campanha eleitoral para as eleições gerais do Japão, marcadas para o dia 27, começou oficialmente nesta terça-feira (15). Com mais de 1.300 candidatos concorrendo a 465 assentos na Câmara dos Representantes, esta eleição promete ser histórica, tanto pela quantidade de mulheres concorrendo quanto pelos debates sobre o futuro da política no país.
O Japão registrou um número recorde de 314 mulheres candidatas, representando 23,4% do total, o maior percentual já visto em uma eleição nacional. Esse avanço é fruto de um esforço tanto do Partido Liberal Democrata (LDP), no poder, quanto da oposição, para aumentar a representatividade feminina na política.
Escândalos e desconfiança
A eleição acontece em um momento delicado para o primeiro-ministro Shigeru Ishiba, que busca renovar a confiança pública em meio a um escândalo de fundos ilícitos envolvendo membros do seu partido. Apesar disso, o LDP continua sendo o favorito, com sua coalizão tentando manter a maioria na Câmara.
Ishiba afirmou que esta eleição será uma oportunidade de “reviver o Japão”, prometendo medidas para aliviar o impacto da alta do custo de vida sobre as famílias e fortalecer a economia regional. No entanto, a oposição, liderada pelo Partido Constitucional Democrático do Japão (CDPJ), critica o uso da eleição como uma forma de desviar a atenção do escândalo.
Fonte: Japan Today