Os ministros das Relações Exteriores do Japão, China e Coreia do Sul se encontraram neste sábado, em Tóquio, e reforçaram o compromisso com a paz na Península Coreana e a cooperação entre os três países.
Durante a reunião, o chanceler sul-coreano, Cho Tae-yul, afirmou que manter a estabilidade na região é um dever compartilhado. Ele também cobrou o fim imediato da cooperação militar entre Coreia do Norte e Rússia, tema que tem causado preocupação nos últimos meses.
O ministro japonês, Takeshi Iwaya, classificou o cenário atual como um “ponto de virada” para a política internacional e defendeu o diálogo como ferramenta essencial para superar conflitos. Segundo ele, a reunião serviu para alinhar posições sobre assuntos regionais e fortalecer laços de longo prazo.
Já o representante da China, Wang Yi, destacou a importância de refletir sobre o passado para construir um futuro de cooperação. Ele lembrou que este ano marca 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial e afirmou que os países devem resistir juntos aos riscos globais.
Além da questão da segurança na península, os três ministros também discutiram temas como mudança climática, envelhecimento populacional, comércio e ciência. Outro ponto abordado foi o avanço de ações conjuntas em caso de desastres naturais.
A guerra na Ucrânia também foi citada. Iwaya declarou que qualquer tentativa de mudar territórios pela força é inaceitável e que a comunidade internacional precisa se posicionar com firmeza.
Apesar das recentes tarifas comerciais aplicadas pelos Estados Unidos contra países asiáticos, o assunto não foi mencionado nas declarações públicas. No entanto, Wang Yi falou sobre os desafios econômicos e defendeu que Japão e China trabalhem juntos para manter a estabilidade da região.
Após a reunião principal, Japão e China também retomaram o diálogo econômico de alto nível, que não ocorria desde 2019. Iwaya cobrou a liberação das exportações japonesas de frutos do mar para o mercado chinês e pediu mais abertura para produtos agrícolas.
Ao final do encontro, os três ministros concordaram em dar andamento aos preparativos para uma nova cúpula entre os líderes dos países. A data ainda não foi definida, mas a sinalização é de que os governos querem manter os canais de diálogo abertos, mesmo diante das diferenças.
Fonte;: Japan Times
