O ciclone tropical Shanshan, que anteriormente era um tufão, enfraqueceu no domingo, mas deixou um rastro de destruição no Japão, com sete mortes confirmadas e mais de 120 pessoas feridas. A tempestade, que trouxe chuvas recordes e ventos fortes, impactou gravemente as regiões do oeste e centro do país, particularmente Tokai, Kinki e Kanto, causando deslizamentos de terra, inundações e danos significativos a mais de 1.000 casas.
Na cidade de Atami, na província de Shizuoka, foram registrados 654 milímetros de chuva nas últimas 72 horas até as 11h de domingo, um recorde que ultrapassa três vezes a média de precipitação para todo o mês de agosto. No lado do Pacífico, as condições atmosféricas permanecem instáveis, com o ar quente e úmido mantendo o risco de tempestades e chuvas localizadas. Nas próximas 24 horas, a previsão é de até 150 milímetros de chuva na região de Tokai, 120 milímetros em Tohoku e Kinki, e 100 milímetros em Kanto-Koshin. O risco de deslizamentos de terra é particularmente alto em partes das prefeituras de Kanagawa, Shizuoka e Saitama, onde alertas já foram emitidos.
O impacto de Shanshan também foi sentido no transporte público. O serviço de trem-bala Tokaido Shinkansen, que conecta Tóquio a Osaka, foi parcialmente suspenso, mas retomou as operações por volta das 18h de domingo. Entretanto, a operadora JR Central adverte que o serviço pode ser novamente interrompido se as condições meteorológicas piorarem.
Apesar das dificuldades, as principais companhias aéreas do país, Japan Airlines e All Nippon Airways, conseguiram operar a maior parte de seus voos normalmente, mas pedem aos passageiros que verifiquem seus sites para atualizações.
As chuvas persistentes ainda ameaçam as áreas do leste e oeste do Japão, com o potencial de causar mais danos. A Agência Meteorológica do Japão apela para que a população permaneça em alerta máximo, especialmente nas áreas mais afetadas pela tempestade, para evitar tragédias adicionais.
Fonte: TBS, Mainichi e Kyodo News
