O Japão registrou 14.663 casos de sífilis em 2024, segundo dados provisórios divulgados pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas em 10 de janeiro. O número ficou próximo ao recorde de 14.906 casos em 2023, evidenciando que a taxa de infecção permanece alta.
Tóquio liderou as notificações, com 3.703 casos, seguida por Osaka (1.906), Fukuoka (880), Aichi (846) e Kanagawa (792).
De acordo com o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, os casos de sífilis começaram a aumentar no país por volta de 2011, com um crescimento acentuado em 2021. Desde 2022, mais de 10 mil casos têm sido registrados anualmente.
A sífilis, uma infecção sexualmente transmissível, pode causar feridas ou caroços na região genital ou na boca, além de erupções nas palmas das mãos, plantas dos pés e pelo corpo. Mesmo com o desaparecimento dos sintomas, a doença pode continuar sendo contagiosa.
O tratamento com antibióticos, como a penicilina, é eficaz, mas a doença pode causar danos graves ao coração, vasos sanguíneos e sistema nervoso se não for tratada. Além disso, pacientes podem ser reinfectados, reforçando a importância do tratamento precoce.
Keiichi Furubayashi, especialista em doenças sexualmente transmissíveis da Clínica Taniyon Start, em Osaka, alerta que a sífilis pode ser difícil de diagnosticar, já que alguns pacientes não apresentam sintomas ou podem manifestar sinais variados, como dores de cabeça ou alterações de comportamento. Ele recomenda: “Se houver suspeita de infecção, especialmente após relações sexuais com múltiplos parceiros, procure os testes gratuitos oferecidos por centros de saúde pública. Além disso, o uso de preservativos é essencial para reduzir o risco de contaminação.”
Fonte: Mainichi