A Coreia do Norte voltou a reagir com ameaças após a realização de exercícios militares conjuntos entre Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão nesta semana. O governo de Pyongyang criticou as manobras, realizadas em meio a recentes testes de mísseis pelo regime norte-coreano, e prometeu fortalecer suas medidas de autodefesa como resposta.
Os exercícios, que incluíram bombardeiros pesados B-1B dos EUA sobrevoando a Península Coreana, são vistos por Pyongyang como “provocações diretas”. Em comunicado divulgado pela agência estatal KCNA, o Ministério das Relações Exteriores norte-coreano afirmou que a ação dos aliados reafirma a necessidade de “medidas mais intensas para garantir sua segurança e soberania”.
“A Coreia do Norte está pronta para deter qualquer provocação militar e proteger seus interesses nacionais contra forças hostis”, declarou o regime.
Tensões aumentam antes de novo governo nos EUA
A crescente atividade militar ocorre poucos dias antes da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que já sinalizou uma política dura em relação ao regime norte-coreano. Recentemente, Trump nomeou Pete Hegseth para liderar o Departamento de Defesa, que classificou a Coreia do Norte como uma “potência nuclear”.
Por outro lado, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul rejeitou qualquer reconhecimento do status nuclear de Pyongyang, reforçando o compromisso com a desnuclearização em parceria com os EUA.
Relações deterioradas e novas acusações
Os testes de mísseis de curto alcance e o desenvolvimento de armamentos avançados pela Coreia do Norte no último ano violam sanções da ONU e ampliam as tensões com seus vizinhos. Além disso, serviços de inteligência dos EUA e da Coreia do Sul afirmam que Pyongyang enviou milhares de soldados para apoiar a Rússia no conflito na Ucrânia, o que teria resultado em centenas de baixas entre as tropas norte-coreanas.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, apontou que a Rússia pode estar recompensando o regime norte-coreano com tecnologia avançada, incluindo sistemas espaciais e de satélite.
Fonte: Japan Today