O deputado Hirofumi Yanagase, integrante do partido Nippon Ishin no Kai, defendeu publicamente que estrangeiros não deveriam ter direito ao seikatsu hogo, um benefício financeiro oferecido pelo governo japonês a pessoas com dificuldades econômicas. Segundo ele, o sistema precisa ser revisto com urgência.
Durante entrevista a um jornal local, Yanagase afirmou que os custos com a ajuda a estrangeiros estão altos demais e que os japoneses estão insatisfeitos com essa situação. Ele também disse que o Japão deveria repensar a forma como recebe estrangeiros no país.
De acordo com o parlamentar, só em 2022 o governo gastou mais de 56 bilhões de ienes com esse tipo de benefício para estrangeiros. Mas, segundo ele, o valor real pode ser bem maior, chegando a 120 bilhões de ienes por ano. Ele considera esse número “exagerado e sem base legal”.
Apesar da recomendação do governo, feita ainda nos anos 1950, para tratar estrangeiros como os japoneses na hora de conceder o benefício, a lei não obriga isso. Yanagase quer que essa recomendação seja cancelada e que as regras sejam discutidas de forma mais clara.
Ajuda na pandemia também foi criticada
O deputado também criticou o repasse de dinheiro público para estrangeiros durante a pandemia da Covid-19. Ele calcula que cerca de 400 bilhões de ienes foram pagos a imigrantes desde 2020.
Segundo ele, muitos estrangeiros que chegam ao Japão não têm histórico de renda e, por isso, são classificados como isentos de impostos. Mesmo assim, acabam recebendo os auxílios. “A pessoa pode receber o dinheiro e depois ir embora do país. Isso não faz sentido”, disse.
Proposta é abrir debate com a população
Apesar das críticas, Yanagase afirmou que reconhece o esforço da maioria dos estrangeiros que vivem no Japão. No entanto, alertou que o aumento do número de imigrantes pode gerar conflitos culturais e pesar ainda mais nos cofres públicos.
Para ele, é hora de discutir o assunto abertamente com a sociedade japonesa. “O povo precisa saber para onde está indo o dinheiro dos impostos. Precisamos de regras claras sobre quem pode ou não receber esse tipo de ajuda”, afirmou.
Fonte: NHK
