A taxa média de desemprego no Japão caiu para 2,5% no ano fiscal de 2024, encerrado em março, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (2) pelo governo japonês. Essa foi a primeira queda em dois anos e reflete diretamente a escassez de mão de obra que o país enfrenta.
O número de desempregados foi estimado em 1,75 milhão, 30 mil a menos que no ano anterior. Ao mesmo tempo, o total de pessoas empregadas aumentou em 370 mil, chegando a 67,93 milhões, o maior volume desde que os dados comparáveis começaram a ser registrados, em 1953.
Entre os desempregados, houve redução de 20 mil nas demissões, totalizando 220 mil casos. Já os desligamentos voluntários, normalmente motivados por busca de melhores oportunidades, permaneceram estáveis em 750 mil.
Mesmo com o leve aumento na taxa de desemprego em março, que passou de 2,4% para 2,5%, especialistas afirmam que o mercado segue aquecido. A escassez de trabalhadores permitiu que muitos dos que perderam o emprego fossem rapidamente realocados.
A relação entre oferta e demanda de trabalho — medida pelo índice de vagas por candidato — ficou em 1,25 no acumulado do ano fiscal, indicando 125 vagas para cada 100 candidatos. Apesar de representar queda pelo segundo ano consecutivo, o índice ainda demonstra um mercado com forte demanda.
“O aperto no mercado de trabalho não mudou e deve continuar nos próximos meses”, avaliou o economista Kisuke Yoshii, do Instituto de Pesquisa Daiwa.
Entre os setores que mais abriram vagas estão tecnologia da informação e comunicação (+8,2%) e hospedagem e alimentação (+3,3%). Já o comércio e os serviços de lazer tiveram retração nas novas oportunidades, com quedas de 7,7% e 6,9%, respectivamente.
Fonte: Kyodo News
