As 23 coautoras do livro “Mulheres Extraordinárias” apresentaram a 9ª. edição do livro e segundo com a participação de brasileiras residentes no país asiático
Um evento para celebrar momentos de força, identidade e superação de mulheres brasileiras e extraordinárias do Japão, assim ficou marcado o último sábado (28), um dia de autógrafos das 23 coautoras do livro best seller“Mulheres Extraordinárias”, realizado na Universidade Nagoya Bunri, em Inazawa (Aichi).
A obra reúne histórias de mulheres do Brasil e de outros países, a 9ª. edição e segunda com a participação de brasileiras residentes no Japão.
Pela segunda vez, Débora Akama participa do livro, com uma nova história que aborda a temática dos propósitos, ressaltando que o livro não é uma materialização, mas uma manifestação de sua essência. “Não é uma continuação do capítulo anterior. Acredito que, entre as páginas e palavras, começamos a testemunhar muita da resiliência que nos transforma, da criatividade que transcende e da conexão que nos faz alcançar lugares maiores”.
Para Erika Satie, o livro traz novidades, com novas histórias e novas etapas de vida. Em seu capítulo “Descobrindo minha nova versão”, ela conta sobre o segundo passo sobre o relato na 8ª. edição da obra. “Esse livro é algo muito importante, traz histórias de mulheres reais, quando a gente começa a se enxergar, começa a ver que também sou assim, então também posso redescobrir e redesenhar a minha vida”.
Novata no mundo literário, Dani Sato utilizou a escrita como uma ferramenta de cura. “Foi uma forma de colocar pra fora de uma vez por todas, isso que aconteceu comigo. Por muito tempo eu guardei, pensando em proteger as pessoas ao meu redor, mas chegou a hora de falar disso, estou pronta”.
Estreante como escritora, Andréa Araki, descreveu o processo de compartilhar sua história como transformador. O ponto chave foi entender que precisava de ajuda. “Na verdade, não precisava acontecer algo de muito ruim para ficha cair, que eu precisava de ajuda. Eu não admitia, quando fui buscar, minha vida mudou”.
Priscilla Kajihara, que participou da primeira edição dedicada às brasileiras no Japão, retornou ao projeto com mais detalhes na parte de sua infância, considerada importante e ao mesmo triste, mas que a fez se transformar na mulher forte de hoje. “Me trouxe uma força interior tão grande, hoje sou uma mulher muito mais forte, por conta de todas essas coisas que passei”.
Uma luta pessoal levou Yuri Sato a realizar o sonho de escrever. Sua participação no livro revelou o amor de uma mãe por um filho que clamava por socorro. “Tive que deixar minhas próprias dores de lado para dar atenção às dores da minha filha, que enfrentava uma depressão profunda. No meio dessa jornada, percebi que eu mesma precisava me transformar para poder ajudá-la”.
Impactar e transformar a vida das pessoas, de forma simples e singular, fazendo o nosso melhor no dia a dia, assim descreve Michela Fukuoka, sua estreia no livro.“Deus me deu uma missão, que é ser referência em educação e impactar a vidas de outras pessoas através da educação, ser suporte para as famílias”.
Com livro de própria autoria, Kety Akamine, participa pela segunda vez deste projeto. Em seu capítulo ela aborda o peso da maternidade. “Apesar de já ter escrito poesias, este projeto me permitiu explorar ainda mais minhas limitações, proporcionando crescimento emocional”, contou
Mariana Moriya, veterana no projeto, destacou a importância de ser protagonista de sua própria história. Ela dá continuidade ao capítulo que escreveu na edição anterior. “Tenho a motivação de dar continuidade a primeira história, que foi uma descoberta, essa segunda é uma continuidade do que o espelho pode para cada mulher”.
Patricia Maeyama relatou a transformação em sua vida ao focar em soluções e não nas dificuldades. A luta pelos filhos foi a energia que precisava para seguir em frente, numa tomada de decisões e escolhas, com enfrentamento de olhares diferentes e o preconceito. “A grandeza de um pequeno passo, que transforma a dor em amor, cura e transbordo”.
Ela também é estreante como escritora, Juliana Nakaguma Biliato, ao ver que muitas mulheres desistem de seus sonhos, seu objetivo foi estimular elas a seguirem em frente, mesmo com todos os obstáculos. “Assim como eu pensei um dia em desistir, eu voltei a despertar e acreditar no meu sonho, a inspiração veio das minhas alunas e vi que não podia parar”.
Deixar um legado exemplar para seu filho levou Núbia Setuguchi a escrever um capítulo sobre dor e recomeço. Ela ressalta que a fé e a conexão com Deus nos dão uma nova chance todos os dias. “A importância está em nossas escolhas, em não dar muita atenção ao que os outros estão falando, e sim em seguir o seu coração”.
O livro “Mulheres Extraordinárias” celebra não apenas as histórias individuais dessas mulheres, mas também uma mensagem de esperança e força para mulheres de todo o mundo.
O evento foi abrilhantado com apresentações artistas das próprias coautoras, que formaram um coral e entoaram canções emocionantes. Além disso, contou com a apresentação do violinista Davi Bellanne, da cantora e pianista Michelle Costa e do músico Edison Maisatto.
Enviado por: Silvio Mori
