O Japão enfrenta um aumento no número de falências corporativas, atingindo o maior nível dos últimos 10 anos no primeiro semestre de 2024. Este crescimento é impulsionado por uma combinação de escassez de mão de obra e inflação crescente, conforme apontado pela empresa de pesquisa de crédito Tokyo Shoko Research.
De janeiro a junho, 4.931 empresas declararam falência, representando um aumento de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essas falências envolveram dívidas de pelo menos 10 milhões de ienes. Este é o terceiro ano consecutivo de aumento no número de falências.
Principais causas
A escassez de mão de obra se mostrou um fator significativo, com o número de falências relacionadas a esse problema aumentando 2,2 vezes, chegando a 145 casos. Este é o maior número registrado desde o início da pesquisa em 2013. Além disso, o aumento dos preços também teve um impacto considerável, resultando em 374 falências, um crescimento de 23,4%.
O setor de construção foi especialmente impactado, registrando 947 falências, um crescimento de 20,6%. Esse aumento é atribuído a novas regulamentações sobre horas extras que entraram em vigor em abril, além do aumento dos custos dos materiais de construção.
A Tokyo Shoko Research alerta que o número de falências pode ultrapassar 10.000 até o final do ano, caso as empresas continuem enfrentando dificuldades para repassar os custos aumentados devido à depreciação do iene. Pequenas empresas, aquelas com menos de 10 funcionários, foram as mais afetadas, representando 88,4% do total de falências.
Fonte: Japan Today