Em Hanno, uma cidade da província de Saitama, uma escola particular decidiu incluir um ritmo brasileiro como parte da educação dos alunos. O colégio Jiyuu no Mori, conhecido como “Bosque da Liberdade”, é a única escola no Japão que oferece aulas regulares de samba, disciplina que faz parte do currículo escolar desde 1998.
Tradição de duas décadas na escola
O professor Yoshihiro Shigeyama foi o responsável por trazer o samba para a escola, quando o colégio começou a expandir suas disciplinas optativas. O samba foi visto como uma oportunidade para os alunos explorarem novas culturas e, ao longo de mais de 20 anos, a tradição se consolidou. Shigeyama, que recentemente se aposentou aos 60 anos, formou diversas gerações de alunos apaixonados pelo ritmo.
História do Samba no Japão
Além das aulas, o vínculo dos alunos com o samba vai além dos muros da escola. Ex-alunos do professor Shigeyama continuam se reunindo há 24 anos durante as férias de agosto para participar do tradicional desfile de Carnaval no distrito de Asakusa, em Tóquio. Este é o maior evento de samba no Japão, atraindo anualmente cerca de meio milhão de visitantes, com competições entre 15 equipes e mais de 4 mil participantes.
Embora o samba tenha ganhado destaque no Carnaval de Asakusa, ele também pode ser encontrado em festivais de verão em todo o Japão. Nos meses de julho e agosto, é comum ver apresentações de samba em áreas comerciais e festivais locais. Vale reforçar que a presença do samba no Japão vem de longa data, muito antes da popularização da Bossa Nova nos anos 60, que consolidou ainda mais a influência brasileira no país.
Continuidade das aulas de samba ainda é incerta
Com a aposentadoria do professor Yoshihiro Shigeyama, o futuro das aulas de samba na Jiyuu no Mori está indefinido. A escola está considerando maneiras de manter o samba na grade curricular, mas nenhuma decisão foi confirmada.
Fonte: O Povo