Uma pesquisa internacional revelou que o Japão está entre os países com os menores níveis de satisfação em relação à qualidade de vida e às perspectivas para o futuro. O levantamento foi feito pela Ipsos, empresa global de pesquisas com sede na França, e ouviu quase 24 mil pessoas em 30 países entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025. No Japão, cerca de 2 mil pessoas participaram.
Os dados mostram que apenas 60% dos japoneses se consideram felizes — número abaixo da média global, que ficou em 71%. Com esse resultado, o país ocupa a 27ª posição no ranking geral. Apesar de representar um leve avanço em relação ao ano anterior, quando o índice foi de 57%, o resultado ainda é muito inferior ao registrado na primeira edição da pesquisa, em 2011, quando 70% dos japoneses disseram estar felizes.
Além disso, o Japão teve o pior índice de satisfação com a qualidade de vida atual. Só 13% dos entrevistados disseram que estão satisfeitos com a vida que levam. É o menor percentual entre todos os países pesquisados, bem abaixo da média global, que foi de 42%. Até mesmo países com desempenho fraco, como Hungria e Coreia do Sul, ficaram à frente do Japão nesse quesito.
A pesquisa também apontou que os japoneses estão entre os menos otimistas em relação ao futuro. Apenas 15% acreditam que a qualidade de vida vai melhorar nos próximos cinco anos — o índice mais baixo entre todos os países que participaram do estudo. Em contraste, nações como Colômbia, Índia e México apresentaram os maiores índices de otimismo, todos acima dos 75%.
Entre os japoneses que afirmaram não estar felizes, a razão mais citada foi a situação econômica, mencionada por 64% dos entrevistados. Já entre os que disseram estar felizes, os principais fatores foram os laços familiares e o sentimento de ser valorizado.
O presidente da Ipsos no Japão, Shunichi Uchida, comentou que as dificuldades financeiras têm forte influência na percepção de felicidade no país. Para ele, reforçar os vínculos familiares e o sentimento de afeto pode ajudar a melhorar esse cenário nos próximos anos.
Fonte: Mainichi