A recente queda do iene frente ao dólar tem levantado debates sobre os impactos econômicos no Japão. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a desvalorização da moeda japonesa traz benefícios significativos para a economia do país, principalmente devido ao aumento das exportações. Mesmo com o aumento nos custos de importação, especialmente de combustíveis e alimentos, o FMI considera que o efeito positivo nas exportações compensa essas desvantagens.
Para o FMI, a desvalorização do iene tem impulsionado o comércio exterior japonês. Com o iene mais fraco, os produtos japoneses ganham competitividade no mercado internacional, resultando em um crescimento significativo das exportações. Esse impacto é positivo para um país que depende fortemente do comércio exterior para sustentar sua economia.
Banco do Japão é orientado a manter cautela nas altas de juros
Apesar dos benefícios para as exportações, o FMI recomendou que o Banco do Japão eleve os juros de forma gradual e cuidadosa. A medida visa evitar impactos negativos sobre o consumo doméstico e a inflação. Desde o fim do estímulo econômico em março, o Banco do Japão já elevou a taxa de juros para 0,25%, mas pode continuar aumentando, desde que a economia demonstre avanços na meta de inflação de 2%.
Preocupação com alta dos custos de importação afeta consumidores japoneses
A queda do iene, embora benéfica para as exportações, tem elevado os custos de importação, pressionando o bolso das famílias japonesas. O aumento dos preços de alimentos e combustíveis é uma preocupação constante para o governo japonês, que estuda medidas para aliviar o impacto sobre os consumidores. A política econômica e a condução das taxas de juros serão temas centrais na próxima reunião do Banco do Japão.
Perspectivas de crescimento e aumento salarial no Japão são positivas
O FMI acredita que a economia japonesa deve crescer de forma mais robusta nos próximos anos, com previsão de atingir 1,1% em 2025. Esse crescimento está ligado a um possível aumento dos salários reais, que pode impulsionar o consumo interno.
Fonte: Japan Times