Governadores de diversas regiões do Japão estão trabalhando para que a cultura dos banhos termais, conhecidos como onsen, seja reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO em 2028. A iniciativa visa destacar a relevância histórica e cultural dessa prática secular, que faz parte do cotidiano japonês e é valorizada por seus benefícios à mente e ao corpo.
Durante uma reunião online realizada em dezembro, o governador de Tottori, Shinji Hirai, líder do grupo responsável pela campanha, enfatizou que a cultura dos onsen é tão significativa quanto a tradição da fabricação de saquê e shochu, recentemente incluída na lista da UNESCO. Criado em novembro de 2022, o grupo representa 44 das 47 prefeituras do país e define os banhos termais como um “estilo de vida” profundamente enraizado na cultura japonesa, além de uma “dádiva da natureza” presente em cerca de 3.000 locais.
Até março, o grupo planeja concluir um levantamento detalhado sobre as condições atuais das áreas de banhos termais, incluindo medidas necessárias para sua preservação como patrimônio cultural. Em seguida, a proposta será apresentada ao governo do primeiro-ministro Shigeru Ishiba, com a expectativa de impulsionar a revitalização das regiões onde os onsen são uma atração turística e cultural central.
A inspiração para a iniciativa ganhou força após o reconhecimento da cultura das saunas da Finlândia como patrimônio imaterial em 2020, quando o comitê da UNESCO destacou sua importância para a vida cotidiana da população finlandesa.
O Japão já conta com 23 tradições listadas pela UNESCO, sendo a fabricação tradicional de saquê a mais recente, fortalecendo a expectativa de que a cultura dos onsen também receba esse reconhecimento global.
Fonte: Kyodo News