O governo japonês e os partidos políticos estão discutindo uma proposta para aumentar o limite de isenção do imposto de renda, buscando incentivar trabalhadores temporários, como estudantes e donas de casa, a ampliar sua carga horária. A medida surge como resposta à escassez de mão de obra que tem pressionado o mercado de trabalho no país.
Atualmente, o limite mínimo para a isenção está fixado em 1,03 milhão de ienes anuais, o equivalente a cerca de 6.900 dólares. No entanto, o Partido Democrático do Povo (DPP), um dos principais defensores da mudança, propôs elevar esse valor para 1,78 milhão de ienes. A sugestão está sendo considerada como parte do plano de reforma tributária do próximo ano fiscal, com a expectativa de que seja debatida no parlamento japonês na primavera de 2025.
Embora o governo e seus aliados, o Partido Liberal Democrático (PLD) e o Komeito, considerem que a mudança só poderia ser implementada em janeiro de 2026 devido ao tempo necessário para ajustes e divulgação, o DPP pressiona para que a nova regra entre em vigor já em 2025. Nesse cenário, seriam necessárias medidas compensatórias, como subsídios ou alívios fiscais, para minimizar os impactos da transição.
O limite atual de 1,03 milhão de ienes tem sido apontado como um fator que desestimula trabalhadores temporários de aumentarem suas horas de trabalho, especialmente em grupos como estudantes e donas de casa. A proposta de elevação busca reverter essa situação e, ao mesmo tempo, aliviar a pressão sobre o mercado de trabalho japonês.
Apesar de prever uma redução na arrecadação tributária, os defensores da mudança, como o líder do DPP, Yuichiro Tamaki, argumentam que o aumento do limite de isenção elevará a renda disponível dos trabalhadores. Segundo ele, isso poderia estimular o consumo e gerar impacto positivo na economia, beneficiando empresas e aumentando as receitas tributárias no longo prazo.
Fonte: Kyodo News