Nesta segunda-feira, o iene japonês atingiu o nível mais baixo desde agosto, sendo negociado a 149,10 por dólar, após um relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA divulgado na última sexta-feira. A desvalorização da moeda japonesa foi impulsionada pelo aumento inesperado de empregos nos Estados Unidos, com 254 mil vagas criadas em setembro, muito acima das expectativas.
Apesar de a moeda ter recuperado levemente, subindo para o nível de 148, ainda continua enfraquecida em relação à última sexta-feira. Essa queda do iene beneficia exportadores japoneses, como a Toyota, que subiu 2,96%, e a Fast Retailing, proprietária da Uniqlo, que teve um aumento de 3,52%.
O índice Nikkei, principal indicador da bolsa de Tóquio, subiu 919,01 pontos, alcançando 39.554,63, um aumento de 2,4%. O TOPIX, índice mais amplo, também registrou alta, subindo 57,18 pontos, fechando a 2.751,25.
As autoridades japonesas demonstraram preocupação com a volatilidade da moeda. Atsushi Mimura, diplomata chefe de câmbio, declarou que o governo monitora de perto o mercado para evitar especulações excessivas. Já o novo ministro das Finanças, Katsunobu Kato, afirmou que o governo está avaliando o impacto dessas mudanças e tomará medidas apropriadas se necessário.
Especialistas, no entanto, acreditam que o governo japonês não intervirá no mercado antes das eleições gerais deste mês. Segundo Shoki Omori, estrategista da Mizuho Securities, uma intervenção agora poderia passar a impressão de influência política.
Fonte: Nikkei
