O governo brasileiro bloqueou a plataforma de mídia social X, de Elon Musk, na madrugada deste sábado, após a empresa se recusar a cumprir uma ordem judicial do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida, que tornou a plataforma inacessível tanto na web quanto em dispositivos móveis, foi uma resposta à falta de um representante legal da empresa no Brasil, conforme exigido por decisão do ministro Alexandre de Moraes.
Essa decisão marca uma escalada na disputa entre Musk e o STF, que envolve questões de liberdade de expressão, disseminação de desinformação e o controle de contas de extrema direita na plataforma. O bloqueio teve início à meia-noite, horário local, quando as principais operadoras de internet do país começaram a restringir o acesso ao X, seguindo a orientação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Repercussão na mídia japonesa
A ação do governo brasileiro não passou despercebida pela imprensa internacional, incluindo a mídia japonesa. Diversos veículos de comunicação no Japão, como o jornal Asahi Shimbun, Mainichi, e a emissora NHK, noticiaram o bloqueio do X, destacando a importância do Brasil como um dos maiores mercados da plataforma, com cerca de 40 milhões de usuários ativos mensais.
Os meios de comunicação japoneses ressaltaram a gravidade da situação, destacando que o Brasil se tornou o primeiro país a tomar uma medida tão drástica contra a plataforma desde que Elon Musk adquiriu a empresa. Além disso, a mídia japonesa tem explorado as implicações dessa decisão, discutindo como ela pode influenciar futuras interações entre governos e grandes empresas de tecnologia em nível global.
Impacto e próximos passos
A suspensão do X no Brasil levantou questões sobre o futuro da plataforma no país e seus impactos na liberdade de expressão. O bloqueio está programado para continuar até que a empresa cumpra as exigências judiciais, e multas diárias estão sendo impostas a quem tentar burlar a decisão usando VPNs.
Fonte: Mainichi
Foto: Divulgação Na Telinha